A Copa América de 2024, realizada nos Estados Unidos da América, foi marcada por várias histórias, principalmente fora dos gramados, mas quando o foco estava no jogo, tudo saiu como esperado.
Os argentinos levantaram o troféu pela segunda vez consecutiva e, assim, tornaram-se a equipe mais condecorada da competição, chegando a 16 vitórias e ultrapassando o Uruguai.
Essa foi mais uma edição monitorada em detalhes pela Apostapedia e não seria justo que um torneio tão prestigiado como esse não tivesse uma análise final detalhada, na qual destacamos as melhores equipes.
Grupos A e B com grandes surpresas
Essa edição foi marcada pela presença de mais equipes da CONCACAF, juntando-se às nações da CONMEBOL que já estão representadas nesse torneio de alta qualidade.
Com quatro grupos de quatro equipes, as grandes surpresas ficaram por conta do Grupo A e do Grupo B, principalmente pelo lado negativo, com jogos emocionantes que deixaram os amantes do esporte grudados em suas telas.
Começaremos com aqueles que tiveram exibições menos positivas, e a fase de grupos conseguiu revelar duas nações em particular.
Os favoritos que desiludiram
Na fase de grupos, duas equipes começaram mal imediatamente, com o México e o Chile tendo seu “nome manchado” por não terem passado da primeira fase da competição, algo bastante surpreendente, sobretudo no lado mexicano.
México
A seleção mexicana entrou nesse torneio com expectativas moderadamente altas, talvez não tão altas quanto nos anos anteriores, mas o mínimo que poderia fazer era passar da fase de grupos, em um Grupo B relativamente fácil.
No entanto, um empate, uma derrota e um empate não foram suficientes para avançar na competição, e eles foram superados pelo surpreendente Equador e pela Venezuela, especialmente esta última, que venceu todos os seus três jogos.
Isso certamente servirá como um momento de profunda “retrospectiva” sobre o que o México deve aproveitar no futuro, já que muitos consideram que sua hegemonia no futebol norte-americano pode estar em risco em um futuro próximo.
Chile
A tarefa do Chile no Grupo A era um pouco mais complexa, não só porque enfrentava a Argentina, atual campeã, mas também duas equipes que queriam mostrar seus novos talentos, Peru e Canadá.
Ninguém esperava que os chilenos terminassem o torneio sem nenhuma vitória, especialmente quando sua única derrota foi contra os atuais campeões da Copa América 2024.
O Chile não é mais a mesma equipe que lutou por títulos em várias ocasiões nas décadas anteriores e a busca por novos talentos que possam reviver o futebol chileno é um processo que está em andamento.
Times que estiveram acima das expetativas
Há sempre um reverso das expectativas e, por isso, houve também algumas equipas que se destacaram pelo que fizeram em campo, elevando o seu nível de jogo e apresentando desempenhos de enorme qualidade.
Venezuela
Como mencionamos anteriormente, os venezuelanos estavam no Grupo B dessa competição, um grupo no qual o México era considerado o favorito, mas onde as outras equipes tinham algumas expectativas de avançar.
No entanto, desde o primeiro jogo, ficou claro que a Venezuela estava preparada para lutar com as melhores equipes dessa competição, e o fato de ter vencido os três jogos do grupo com apenas um gol sofrido mostra isso.
Com excelente qualidade de ataque e uma equipe que soube equilibrar muito bem o processo de transição defesa-ataque, a Venezuela foi, sem dúvida, uma excelente surpresa.
Panamá
O Panamá estava no Grupo C, onde o Uruguai e os Estados Unidos da América eram os favoritos para avançar, especialmente devido ao histórico dos uruguaios nessa competição e ao fato de que os americanos estavam sediando o torneio.
No entanto, os panamenhos tinham outras ideias em mente e, com duas vitórias contra os Estados Unidos da América e a Bolívia, avançaram na competição, chocando o mundo do futebol e criando um sentimento de impotência no time da casa.
Decisões por penalties marcaram competição
As quartas de final foram definidas pela presença de seis equipes representando a CONMEBOL e apenas duas representando a CONCACAF, na verdade, duas nações que ninguém esperava que chegassem a essa fase da competição.
Argentina x Equador e Venezuela x Canadá foram jogos intensos que terminaram com um gol de cada lado, deixando tudo para os pênaltis.
O mesmo também aconteceu em Uruguai x Brasil, mas não houve gols de nenhum dos lados no que foi considerado o primeiro grande jogo desta edição da Copa América 2024.
Aqui, Argentina (mesmo com Messi perdendo o pênalti), Canadá e Uruguai (deixando um dos candidatos ao título de fora), avançaram na competição, acompanhados pela Colômbia, que goleou o Panamá claramente por 5 a 0.
As semifinais não foram tão intensas quanto a rodada anterior, com a Argentina eliminando naturalmente seus colegas canadenses e a Colômbia vencendo o Uruguai por 0 a 1 em um jogo marcado por muita agressividade.
Espírito argentino foi indomável
Nem sempre foi bonito, nem mostrou toda a habilidade que uma equipe campeã mundial deve mostrar, mas a consistência que a equipe de Lionel Scaloni mostrou durante todo o torneio é inegável.
Em uma equipe marcada por muita experiência e com alguns jovens tentando conquistar seu espaço, o espírito de guerra e sacrifício acabou sendo suficiente para levantar esse título, tendo se beneficiado um pouco da facilidade dos jogos eliminatórios.
Rodrigo de Paul liderou o meio-campo da Albiceleste, mas também Lautaro Martinez desempenhou um papel fundamental no ataque, marcando cinco gols e contribuindo decisivamente para o sucesso da equipe na competição.
Presença das equipas CONCACAF foi um sucesso
A presença de equipes convidadas nesse torneio tem sido recorrente, em uma tentativa de aumentar o espírito competitivo associado a ele, mas também de expandir o futebol sul-americano para outros mercados por motivos de marketing.
No entanto, essa foi a primeira vez que uma equipe como o Canadá esteve presente nessa competição, acompanhada por Panamá, Jamaica e México, que já haviam disputado a Copa América em edições anteriores.
Esse é, sem dúvida, um formato que favorece a competição e cria a possibilidade de mais surpresas ao longo do torneio, apesar de os crônicos candidatos ao título sempre manterem as expectativas altas.
A “distância” entre a CONMEBOL e a CONCACAF está ficando cada vez menor, como resultado da evolução do esporte na confederação norte-americana, mas também do maior talento que começa a viajar para a Europa desde cedo e que lidera essas equipes.