O futebol, como todos os esportes do calendário mundial, acaba tendo uma enorme influência com as decisões que as equipes de arbitragem tomam no decorrer de seus eventos, muitas vezes corretamente, e ocasionalmente no contexto errado.
Embora existam culturas esportivas que dão demasiada importância a esses erros mais freqüentes de arbitragem, eles têm que ser tomados naturalmente, pois o erro humano é um fato da vida em todas as áreas do jogo, tornando-o imprevisível.
Entretanto, quando se trata das regras do futebol, é perfeitamente natural que existam alguns erros que são perceptíveis e mais óbvios, não apenas por causa da velocidade em que as partidas acontecem, mas também por causa de inúmeros fatores adjacentes ao jogo.
- Fora de jogo
- Decisões relativas aos cartões
- Deixar o jogo continuar depois de uma falta
- Penalidades
- Bola passando fora das quatro linhas
- Mau posicionamento na frente de um lançamento do jogo
Embora estes sejam os erros mais comuns, existem outros que acontecem durante uma partida de futebol, mas que são menos freqüentes.
Estatísticas de Arbitragem
De acordo com uma análise estatística conduzida pela PGMO (Professional Game Match Officials) que utilizou a Premier League como amostra durante uma temporada, os árbitros têm muito mais presença no jogo do que normalmente pensamos.
Em média, eles tomam cerca de 245 decisões por jogo, uma decisão a cada 22 segundos de jogo, o que acaba sendo muito mais do que, por exemplo, as vezes que um atleta toca a bola em 90 minutos.
A maioria das decisões acaba sendo tomada por contato físico e outras ações disciplinares, e estas ocorrem em média 200 vezes por encontro, deixando as outras 45 decisões para elementos mais técnicos como cantos, arremessos, e se houve ou não um gol.
O mais interessante é que estas decisões tomadas, a maioria delas acabam sendo para deixar o jogo continuar, já que em 165 destas 200 ocasiões os árbitros deixaram o jogo continuar sem que houvesse uma parada.
Escapando completamente do que o público em geral conta, em média, os árbitros estão corretos em 98% das duas decisões, cometendo cerca de 5 erros por jogo, um número verdadeiramente fantástico considerando toda a ação em uma partida.
Ao falar sobre os árbitros, é importante mencionar a equipe de assistentes do árbitro principal, que na maioria dos casos toma cerca de 50 decisões por jogo, 45 relacionadas a um possível impedimento ou não.
E qual é a taxa de sucesso deles em relação a esses impedimentos em particular? 98%, novamente uma porcentagem extremamente alta e demonstrando sua eficácia.
Ferramentas de apoio à decisão
Com o tempo e com a evolução do futebol moderno para o que conhecemos hoje no esporte, muitas ferramentas para ajudar na tomada de decisões foram inseridas, algumas com maior sucesso do que outras.
Devido à enorme digitalização que nossa sociedade está passando atualmente, é perfeitamente natural que estes recursos sejam utilizados para tornar o jogo “ainda mais justo” e tentar minimizar os erros de arbitragem, que, por si só, já são muito poucos.
A introdução deste tipo de ferramentas tem criado alguma controvérsia em alguns países, e existem algumas federações que simplesmente não adotam alguns dos sistemas utilizados, seja por falta de recursos, seja por sua própria decisão.
Quando falamos destes tipos de sistemas, é impossível não identificar o VAR como uma das tecnologias mais importantes do jogo atualmente. Você pode saber mais sobre o significado de VAR no futebol em nossa plataforma, em uma seção exclusiva que criamos para este tópico.
Entretanto, existem outras tecnologias que têm sido muito importantes em algumas competições, como a comunicação através de links externos entre a equipe de arbitragem, tecnologia de linha de gol e microchips nas bolas dos jogos.
Quanto à comunicação via links externos, todos os árbitros têm um dispositivo com o qual podem comunicar diferentes situações de jogo, com um microfone e fones de ouvido acoplados.
No que diz respeito à linha de gol, é bastante simples, pois o árbitro principal tem um dispositivo em seu pulso onde recebe uma vibração sempre que a bola cruza a linha de gol, formalizando assim esta ação.
Por último, e não menos importante, os microchips nas bolas se tornaram cruciais especialmente na análise estatística, de modo que as diferentes federações ou competições podem emitir dados mais gerais sobre o jogo (passes, velocidades, etc.).
A verdade é que a introdução deste tipo de tecnologia acaba sendo um enorme passo em frente para a equipe de arbitragem, já que o erro humano será sempre inserido no contexto do jogo (ainda mais nos jogadores).
Ser capaz de minimizar as falhas existentes por parte dos árbitros não só torna o jogo mais fluido, mas também mais apreciado pelos espectadores, beneficiando assim todas as partes envolvidas nestes eventos.
A enorme importância do papel do árbitro
Considerando a lista dos erros mais freqüentes de arbitragem, é natural que estejamos vendo decisões mais corretas serem tomadas com a ajuda da tecnologia, pois é extremamente difícil acompanhar todos os eventos do jogo.
Esta forma de assistência não só ajudou os árbitros a ter um melhor desempenho, mas também a diminuir o número de situações duvidosas entre os lances, tornando o papel do árbitro cada vez mais crucial no desdobramento da ação.
A tecnologia assistiva tem sido cada vez mais utilizada, especialmente quando se trata de impedimento, penalidades e possíveis mudanças de cartão, ações que às vezes criavam problemas de subjetividade ou eram praticamente imperceptíveis.
Tanto a tecnologia VAR quanto a linha de gol mostraram que a ajuda externa é extremamente importante quando usada corretamente, reduzindo assim estes erros mais freqüentes de arbitragem.
A comunicação entre árbitros também tem desempenhado um papel crucial, uma vez que a importância do árbitro no resultado do jogo deve ser mantida ao mínimo, deixando os verdadeiros jogadores serem os protagonistas dos eventos.
Finalmente, é importante enfatizar que o árbitro continuará sempre a tomar decisões que não serão sempre as melhores, mas assim como os jogadores tomam más decisões com a bola, os outros protagonistas também devem ter uma margem de erro. Não?