O Euro 2024 ficou marcado pela competição acérrima desde a fase de grupos até ao jogo decisivo, sendo que muitas foram as equipas que se destacaram ao longo do torneio.
A Espanha, que acabou por se sagrar campeã nesta edição, foi o grande destaque do torneio, não só pelo futebol apresentado, mas também por todas as mudanças que teve no seu plantel, no entanto, também existiram outras que deram que falar.
Como em todos os torneios, as desilusões também estiveram presentes, sendo que algumas das melhores seleções da atualidade não conseguiram projetar o seu futebol, ficando pelo caminho mais cedo do que esperavam.
Neste artigo da Apostapedia ficará a conhecer ao pormenor todas as seleções que se realçaram por bons, mas também por maus motivos. Acompanhe-nos mais uma vez ao longo desta análise!
Fase de grupos com muitas surpresas
Numa fase inicial marcada por seis grupos de quatro equipas, o grande objetivo das equipas estaria em garantir a qualificação direta nos dois primeiros postos de cada grupo, no entanto, os melhores terceiros também avançariam na competição.
Existiram desde início grandes surpresas, com os Grupos B, C e D a protagonizarem alguns dos momentos mais épicos da competição, deixando os adeptos colados ao ecrã com jogos de grande qualidade e emoção até ao fim.
No final de contas, acabamos por ter aqui duas seleções que estiveram bastante aquém das expetativas, um pouco também pelo contexto e grupo em que foram inseridas logo à partida.
Os favoritos que desiludiram
Relativamente à fase de grupos, a parte inicial desta competição, os grandes destaques pela negativa foram mesmo a Croácia e a Sérvia, sobretudo os primeiros, após terem chegado tão longe em torneios anteriores.
Croácia
Inseridos naquele que era considerado o “grupo da morte” desta competição, os croatas sabiam à partida que não teriam tarefa fácil, mas, na verdade, ninguém esperava que a seleção dos Balcãs saísse da competição com apenas um empate.
O primeiro jogo pode ter deitado abaixo todas as expetativas, tendo sofrido três golos sem resposta frente à Espanha num espaço de 15 minutos, o que demonstraria os problemas defensivos que esta seleção apresentava.
O empate frente à Albânia com um golo sofrido aos 95 minutos foi um golpe ainda maior nas expetativas, que viria a se tornar ainda mais trágico com um empate sofrido aos 98 minutos no último jogo frente à Itália e que os colocou fora dos dois primeiros lugares.
Sérvia
O Grupo C não abonava em nomes tão sonantes como no Grupo B, no entanto, o equilíbrio na disputa pelo segundo posto parecia ser evidente, com a Dinamarca e Sérvia com maior favoritismo relativamente à Eslovénia.
A derrota na Ronda 1 frente à Inglaterra acaba por ser “natural”, no entanto, somar apenas um ponto e com um golo aos 95 minutos frente à Eslovénia, colocava os sérvios numa posição muito complicada à entrada para a última jornada.
A deceção apareceria num jogo bastante atípico frente à Dinamarca, onde nenhuma equipa conseguiu criar grandes oportunidades de golo e que culminou com o último lugar por parte da Sérvia e consequentemente eliminação precoce.
Seleções que estiveram acima das expetativas
Se existiram favoritos que estiveram aquém das expetativas, a verdade é que existiram outras seleções que aproveitaram os grandes palcos para se projetarem como verdadeiras surpresas e demonstrarem todo o seu talento.
Geórgia
Naquela que foi a sua estreia na competição, a Geórgia conseguiu avançar na fase de grupos, num grupo onde eram, segundo casas de apostas como a LSBET, a equipa menos favorita em chegar aos Oitavos de Final.
Os georgianos avançaram como um dos melhores terceiros da competição e de forma totalmente meritória com uma vitória incontestável frente à seleção de Portugal na Ronda 3, num momento histórico para este “pequeno” país.
Se Kvicha Kvaratshkheila era a grande estrela deste conjunto, o guarda-redes Mamardashvili e o avançado Mikautadze foram as melhores surpresas, demonstrando que existe talento para além do “Maradona da Geórgia”.
Eslovénia
Com Jan Oblak como grande figura e um jovem em Benjamin Sesko em ascensão, a Eslovénia entrava para esta competição sem grandes expetativas, sobretudo num grupo onde o equilíbrio seria sempre a nota dominante.
Os eslovenos avançariam na competição como um dos melhores terceiros e só não foram mesmo os segundos classificados devido a um dos últimos requisitos de desempate, já que terminaram a fase de grupos com o mesmo número de pontos da Dinamarca.
Jogos a eliminar com muito suspense
A competição subiria ainda mais de nível nos Oitavos de Final, no entanto, apenas duas equipas viriam a se destacar pela positiva e uma, claramente, pela negativa.
Os georgianos sucumbiram à Espanha apesar de uma excelente exibição, no entanto, Eslováquia e Eslovénia tomariam o destaque, levando seleções como Portugal e Inglaterra a tempo extra e mesmo grandes penalidades.
As seleções favoritas avançariam na competição, sendo que o mesmo não aconteceu à Itália que, com uma exibição de luxo por parte da Suíça, seriam eliminados de forma contundente com dois golos sem resposta.
A verdade é que o resto da competição acabou por ser marcada por enorme equilíbrio em todos os jogos, com duas das partidas, os Quartos de Final apenas a serem decididos na marcação de grandes penalidades, enquanto meias-finais e final apresentaram sempre o mesmo resultado, 2-1.
Espanha surpreendeu com a juventude
Não é uma surpresa no bom-tom da palavra, no entanto, é inegável que a juventude da Espanha trazia muitas dúvidas sobre o que esta seleção poderia fazer frente a seleções com jogadores mais creditados e experientes nestas competições.
No entanto, todo o mérito para a equipa técnica comandada por Luis de la Fuente, e, sobretudo pelas excelentes apostas em jogadores jovens como Lamine Yamal e Nico Williams em detrimento de outros com maior palmarés.
Esta irreverência associada a uma capacidade de domínio no meio-campo acabou por ser crucial no sucesso desta seleção durante toda a competição, com destaque para o médio Rodri do Manchester City e Dani Olmo do RB Leipzig.
O título encaixa bem nesta seleção, criando muitas expetativas para o futuro, já que estamos perante uma seleção com muito talento e ainda em crescimento individual.
História continua a ser feita
Este foi assim o quarto título europeu da Espanha desde a primeira edição que disputaram em 1964 (onde curiosamente levantaram o título), tornando esta uma das nações com mais títulos no continente europeu da atualidade.
Com vitórias em 1964, 2008, 2012 e, agora, em 2024, os “nuestros hermanos” têm uma taxa de 33% no que toca a levantar títulos no Campeonato da Europa, um número incrível, naquele que é o continente mais reconhecido pelo equilíbrio da sua competição internacional.
O futuro parece ser brilhante para a “La Roja”, sobretudo quando contam nas suas fileiras com jogadores como Lamine Yamal, que aos 17 anos já é uma verdadeira certeza nesta seleção e, certamente, o será durante mais de uma década.